O leilão do 5G realizado pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) nos dias 4 e 5 de novembro de 2021, arrecadou R$ 47,2 bilhões, com a entrada de novos players no mercado de telefonia móvel e novas obrigações e compromissos a serem cumpridos, com a finalidade de expandir a cobertura no Brasil.
Nesse leilão, o maior da América Latina, mais de 85% de tudo que foi colocado à venda foi comercializado e todas as obrigações de cobertura foram assumidas. Os lotes que sobraram poderão ser reeditados em um novo leilão.
Confira abaixo um resumo das faixas de frequências e dos valores leiloados:
Vencedores, Outorgas e Investimentos Previstos
Quatro bandas de radiofrequência foram ofertadas no leilão: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz e 3,5 GHz. Cada faixa tem sua finalidade específica e a mais concorrida, considerada a principal do leilão, foi a de 3,5 GHz. Isso porque ela é exclusiva para o 5G e a mais usada no mundo, e permite a transmissão de dados em ultra velocidade dos celulares e aparelhos em geral para as torres de comunicação. Quatro lotes dentro dessa frequência foram leiloados.
Cada uma dessas quatro faixas foi dividida em blocos nacionais e regionais, o que permite que as empresas vencedoras ofereçam o serviço de internet 5G tanto em regiões especificas do país quanto em âmbito nacional. O prazo de outorga, ou seja, de direito de exploração das bandas, será de até 20 anos.
Além disso, existem obrigações previstas pelo edital, atreladas as faixas, que as empresas vencedoras deverão cumprir, como aumentar a área de cobertura do 4G em locais sem acesso a essa tecnologia e levar internet de qualidade às escolas de educação básica do país.
15 empresas participaram do leilão, entre elas, grandes operadoras de telefonia nacionais como Claro, Vivo e Tim, além de consórcios de pequenos provedores de internet e serviços de telecom. Apesar da expectativa, a chinesa Huawei não participou do leilão.
A seguir um resumo do resultado:
Na quinta-feira (11) empresa FlyLink desistiu do lote de frequência arrematado durante o leilão, que engloba partes de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, e precisará pagar uma multa.
O 5G: o que vem por aí?
A quinta geração de internet móvel é considerada a revolução tecnológica mais importante do último século, trazendo uma maior qualidade de conexão, mais velocidade e menos tempo de resposta.
O 5G permite que mais dispositivos estejam conectados ao mesmo tempo em uma rede e, além de revolucionar a indústria de telecomunicações, será possível levar essa tecnologia para regiões do Brasil que ainda não tem acesso à internet, já que o edital do leilão prevê a expansão de conectividade para todas as localidades com mais de 600 habitantes.
Atualmente, estima-se que 20% dos domicílios brasileiros estejam sem oferta adequada de internet ou até desprovidos de serviços.
Mas para que essa expansão seja possível, é necessário fazer reformas e investimentos na infraestrutura das cidades. Isso porque o 5G, por ter um alcance de sinal menor, exige a instalação de antenas mais próximas entre si e, consequentemente, uma quantidade maior de estruturas verticais.
A chegada e a difusão da tecnologia 5G irá impactar diretamente na infraestrutura urbana, tanto pelo uso de postes menores e mais baixos em pontos estratégicos quanto pelo uso de postes de iluminação pública inteligentes capazes de alojar antenas 5G.
E por isso, a Brametal já está preparada para a chegada do 5G no Brasil, podendo fornecer postes e estruturas metálicas adequadas e customizadas para cada necessidade de projeto, tendo alta capacidade de produção e eficiência ao oferecer soluções para as novas demandas, ajudando na expansão dessa nova tecnologia no país e na América Latina.
Compromissos do Leilão
- Todas as sedes municipais com 5G:
- 174 municípios com mais de 30 mil habitantes com pelo menos 3 prestadoras;
- 396 municípios com menos de 30 mil habitantes com pelo menos 1 prestadora.
- 391 sedes municipais com 4G ou tecnologia superior;
- 430 localidades com 4G ou tecnologia superior;
- 185 trechos de rodovia, totalizando 31 mil Km;
- 503 sedes municipais com backhaul de fibra óptica;
- R$ 3,1 bilhões para conectividade das escolas.
Fonte: Anatel / TELECOM.